NA OUTRA MARGEM
Renan M. Carvalho
Nas estepes já não rogam paladinos
Nos Alpes não descansam montesinos.
Extáticos assistem os estáticos
Fantasias, recuos pragmáticos.
Turista de porão, peregrino expatriado
Aulido de avião, parabelo carregado
Rangem pisados, mas passados
Os passados abandonados
Por aqueles que defendeste?
Pelas cidades que incendiaste?
Ora jazem os extremos estremados
Apenas hão os espiões expiados
De que vale jazer de frente a mil paredes?
E olhar só onde a onda não cede?
Se só cruzar a linha do rio,
Levará essa futilidade ao fio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário