O dia nasceu e
eu dormia...
acordei fria, alguém trazia coisa no ar, e
alguma coisa, antecipava algo...
sabe o quê?
Sabe quem?
Não sei... acontecimentos, festa
tragédia, desfeita, prelúdio no ar...
o que há?
Um gesto louco...
foi pouco?
Um salto... no alto
um gesto novo de doudo
que do escuro, acorda o monstro atróz
que dormia com fome, com sede, sem nome
Nele não há bondade
só mágoas, que parte e reparte, à vontade e contente, na vida partida da gente.
O dia chegava ao fim, só para mim
E o sol como um amante,
pela fresta, alucinante...
tal qual luz de diamante
provou o meu corpo vil
dos pés à testa...
até que viesse a noite.
Eu, sentindo-me um trapo, entreguei-me ao sol: mulher, poeta, farrapo...
Onde está o céu azul anil?
Já chegou a noite!
O que vivi, ninguém viu
e nem sentiu.
Só a minha metade chorou e até sorriu
porquê a outra morreu, partiu.
Tânia Tâny's Moura.
🎩OsPoetasDoTempo👠
Poetas Livres Bagé
"Poetizar Faz Bem"
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