Amanhã é outro dia,
Mesmo que o vento não apareça
Não se entristeça.
Haverá de vir alguém
Que como ele também
Tocará tão docemente o teu rosto
Que sentirá, sim, outro gosto,
Que não o da ausência ou da espera.
Amanhã... É outro dia
E não haverá primavera
E mesmo que as águas
Não se façam claras,
Redesenhe a sua própria imagem
Nesta superfície frágil,
Com ganas de reverter destinos,
Inda que as águas sejam turvas!
Amanhã... É outro dia!
Se os campos não concebem mais flores
Se de teus passos restam amores,
É de se florir. Floresça!
Mesmo a planta que pereça
No seu infortúnio de existir
Não desiste.
Tudo tem sua razão de ser.
Amanhã é outro dia
Mesmo alheio as nossas vontades
Tardias!
Leonir Garcia
Direitos reservados na lei 9610/98
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