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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

EU QUERO UMA CASA NO CAMPO...


Krretta

...do tamanho ideal, pau a pique e sapê...
...que eu tenha somente a certeza dos amigos do peito e, nada mais...
 Para quem não sabe, esta é uma canção composta por José Rodrigues Trindade e Luiz Carvalho e, eternizada na voz de Elis Regina, só isso e, nada mais...
 Coisa insólita como a vida nos encaminha para certas mudanças de atitudes, que vimos e vivemos em nossos pais e, hoje, chegam aos nossos dias.
 Buscamos incessantemente a nossa paz (na dita vida útil que dizem e propalam, pois já nos apelidam de uma geração que foi, mas hoje nada mais é, a não ser, caminhantes com seus dias já vividos...e contados", além de estarmos "sentados num trono de um apartamento... esperando a morte chegar...").
 Queremos sim uma casa no campo, do tamanho da paz...
Esta adorável e venerada imensidão serena da paz, é reconfortante para a alma e o coração, principalmente quando podemos olhar para trás e dizer: "eu vivi"!
 Thyago um dia me recitou: "Digam em altos brados que vivi, que fui o mais honesto e honrado dentre os valores que aprendi, digam em altos brados que vivi, e que cumpri à risca o que todos esperavam de mim e assim eu existi... Digam em altos brados, que eu vivi."
"... eu quero o silêncio das línguas cansadas...eu quero a esperança de óculos e os meus filhos de cuca legal..."
 Sinceramente? Eu não me importo que digam que já cumpri a minha missão, porque acho que cumpri mesmo, aliás, continuo e vou continuar cumprindo e, exatamente dentro dos preceitos que me foram parâmetros em todos os meus passos, pois foi assim que aprendi desde menino.
 Morrer ou não, é uma questão da Vontade Divina, que ninguém tem o poder de decidir e, enquanto a vida nos é permitida, seguir em frente e dentro de nossos valores, assim será feito e satisfeito.
 Isso é mais do que especial, diria sensacional.
 Ou seja, olhar lá para trás e ver que escrevemos uma história, que deixaremos bons exemplos, que vivemos exatamente dentro dos mandamentos que nos ensinaram, realmente não tem preço.
 Não temos mais a intenção de que tudo isso mude...deixem os carneiros e as ovelhas pastarem na serenidade do alpendre de nossas casas de campo, na paz de nossos sorrisos.
 A mansuetude do dever cumprido nos remete a tudo isso.
 Estamos no tamanho da paz.
 ...eu quero uma casa no campo, onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros, e nada mais...
 São os momentos divinos, onde nos encontramos com as saudades, com as belas lembranças, os velhos tempos, aqueles mesmos que o novel viajante se entedia, mas que são os regeneradores da brisa leve, a brisa da nova vida.
 "..., mas trago de cabeça uma canção do rádio em que um antigo compositor baiano me dizia, tudo isso é divino, tudo é maravilhoso..."
 Não estamos mais aí para decidir e nem para resolver, estamos muito mais para viver, principalmente o que plantamos, eis a verdade absoluta de tudo aquilo que fizemos.
 Cora Coralina disse: "Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves da alma".
 Muito embora todos os contratempos que sofri, começo a estar em paz comigo mesmo.
 É a minha alma que sussurra, na brisa leve da paixão que vem de dentro...
 "Quanto mais o tempo passa, mais eu percebo que não quero mais dramas, conflitos ou estresses...
 Eu simplesmente quero um lugar calmo para viver, um bom copo de vinho e pessoas boas para compartilhar humor..."
 Eu quero uma casa no campo, a minha alma do tamanho ideal, meus amigos do peito, ouvir meus discos, ler meus livros escrever meus devaneios...e nada mais.

SEMPRE NASCE UMA POESIA


(Maria Pinto da Silva)

Caneta e papel na mão
No peito amor e paixão
Por algo ou alguém então
O poeta sempre cria.
Transforma qualquer problema
Aperreio ou dilema
Se a alma sorri ou pena
Sempre nasce uma poesia.

Se ele chorar de saudade
Sorrir de felicidade
Ou se deparar com a maldade
Logo vem em seu pensamento
Versos que falam de amor
De alegria ou de dor
Do espinho, também da flor
E até das canções do vento.

Poeta compõe atoa
Se a vida é ruim ou boa
Da sorte ele até caçoa
E atropela qualquer tristeza.
Do destino não reclama
Por Deus ele sempre chama
Poeta é um ser que ama
Humano, bicho e natureza.
           Maria Pinto da Silva: 18/07/2012

terça-feira, 28 de setembro de 2021

PRIMAVERA



A mais linda das estações
chegou faceira 
com seu jeito de menina moça
encheu a natureza de flores
com muitas cores
borboletas voando 
e pássaros cantando

Primavera também dentro de nós
convite para amar
parece que em nossos corações
muitas flores alguém veio plantar

                (Amalia Capaverde)

A hora de Ostara


O florescer da primavera, não espera estação
A mudança de seu destino, é fruto do coração
Não é necessário esperar fim de ano, para nova resolução
É com o abrochar de ideias que nasce a revolução
A vida é puro semear e a morte... essa é a transição!
No grito da indecisão, germina uma oração
Que alimenta e rega, a esperança da transformação
Oh Ostara, deusa primaveril, plante agora minha emoção
Enraize a força do teu sopro, abençoe minha plantação!

Poema Pedro Barcellos
Foto própria

SEM RÓTULOS POR FAVOR



Rótulos
Cabeça
Que pensa
Não vê
Que rotulou?
Classificou
A mercadoria
Separou 
Por qualidade
Nem segurar
Olhou
Não viu que era gente
Gente como a gente
Sem nada diferente
Apenas foi lá
E o separou
Colocou nas prateleiras
Como mercadoria
Exposta na vida
E não deixou saída
A não ser rotular
Rotular
Rotular
Cada um com seu gênero
Em espaços diferentes
Não entendi?
Não são gente?
Onde está a diferença?
Na alma! Nós sentimentos!
Não consigo entender
Me resta saber
Se fui eu que rotulei
Ou foi você?
Preciso saber!
Que para entender
Tem que compreender
Que somos somente
Pedaços do mundo
Agregados unidos
Que pensa diferente
Rotular rotular
Rotular
Não devo julgar.
Marílene Alagia

FORÇADOS COMO JESUS CRISTO A FUGIR


Jesus nasceu como Rei
E os Reis Magos vieram adorar e conhecer
Mas ao saber desse nascimento
Herodes decidiu que Jesus não poderia viver.

Mandou matar todas as crianças
Com temor de Jesus o afrontar
Então José e Maria fugiram com Jesus
Para no Egito se refugiar.

Muitas famílias ainda precisam
Fugir para outro lugar
Sair de sua própria Pátria
Para suas vidas poder salvar.

São tantos os refugiados
Marcados pela opressão
Que precisam ser lembrados
Na nossa diária oração.

Mas também devemos lembrar
De todas famílias migrantes
Que construíram nova vida
Em outras terras distantes.

Saíram de suas cidades
Para suas vidas melhorar
Ter um futuro para os filhos
E um lugar pra trabalhar.

Aos refugiados e migrantes
Cuja data hoje é lembrada
Que Deus abençoe seus caminhos
Ao longo de suas jornadas.

Parobé/RS, 27 de setembro de 2021, data em que é comemorado o Dia do Refugiado e do Migrante e homenageando todos refugiados e migrantes das nossas relações de amizade.

GERALDO ANTONIO BOTH

domingo, 26 de setembro de 2021

A Personalidade de Destaque Cultural


 



A Personalidade de Destaque Cultural


Diante desses anos de organização do Concurso Literário Poesias sem Fronteiras e Prêmio Literário Escritor Marcelo de Oliveira Souza, conhecemos  muitas pessoas talentosas que se  desprenderam do seu tempo, para participar dos nossos eventos literários, onde  a transparência e a sensibilidade é uma norma sobre a qual permeia os nossos concursos literários, visto que também somos escritores e nada melhor do que  escritores  para colocarem-se no lugar dos nossos candidatos às premiações, dos nossos certames .

Como todos nós sabemos, não podemos premiar todas as pessoas, mas entendemos o esforço e a aspiração de cada pessoa que desliza os seus dedos no teclado de seu aparelho, digitando seus melhores textos, sempre pensando em fazer o melhor.

Muitas vezes os anos vão passando – até hoje 17 anos -  entretanto alguns, que estão sempre conosco, não conseguem alcançar os primeiros lugares, tampouco menção honrosa, o que é normal, visto que um certamente literário tem essas peculiaridades.

Entretanto não esquecemos    de lembrar e agradecer sempre a todos e todas que estão sempre conosco, ajudando a alavancar os nossos eventos.

Foi diante desse público que instituímos a Medalha de Personalidade de Destaque Cultural Poesias sem Fronteiras,  cuja premiação existe  independentemente  de quaisquer pagamento, valorizando, pois esse público,  pela sua persistência , talento e acima de tudo, pelo seu amor pela literatura.

Dessa maneira, já proporcionamos alegria a algumas pessoas,  desde o ano passado, inicio da premiação, que você pode conhecer nas nossas redes sociais e no nosso site oficiais concurso.

Portanto amigos, nunca deixem de tentar realizar os seus sonhos, escritores, participem sempre dos nossos dois eventos anuais, que também é antologia,  se ainda não conhecem, deixaremos os links no final do texto, podendo, assim conhecer o nosso trabalho e também se cadastrar para receber o aviso, de  quando o evento irá iniciar.


Lista das Personalidades Destaque Cultural:


01. Abílio Kac - Rio de Janeiro RJ - 2018

02. Conceição Maciel – Capanema PA - 2018

03. Conceição Maciel – Capanema PA - 2019

04. Neuza Brito – Feira de Santana BA – 2019

05. Ieda Thomé – Guaratiba RJ - 2020


Não deixe de fazer inscrição no nosso evento, pois se ainda não ganhou premiação, certamente um dia chegará a hora da Personalidade de Destaque Cultural estar na sua mão.


Inscreva-se agora no nosso evento: www.poesiassemfronteiras.no.comunidades.net



Marcelo de Oliveira Souza,IwA

2x Dr. Honoris Causa em Literatura

Organizador dos eventos:

Poesias sem Fronteiras e 

Prêmio Literário Escritor

Marcelo de Oliveira Souza


Site: : www.poesiassemfronteiras.no.comunidades.net

Facebook: psfronteiras

Instagram: marceloescritor

e-mail: marceloosouzasom@hotmail.com

sábado, 25 de setembro de 2021

NÃO VOU RASGAR NENHUMA FOLHA



Krretta

 "Não há melhor e mais sapiente filosofia, do que aquela que a vida te ensina." – Thyago.
 Eis aí um princípio que todos nós deveríamos compreender bem.
 A minha, a sua vida, ninguém tem um melhor conceito de tudo aquilo que se caminhou e, como se caminhou, do que nós mesmos.
 Dizem que se alguém lhe endereçar uma crítica, convide-a a calçar os seus sapatos, os sapatos da sua caminhada.
 Verdadeiramente, cada um sabe de si.
 Pelo tempo que já se passou, e, somos aquela geração que está indo embora, quando formos convidados a deixar nossas impressões sobre a vida, ao rogo dos neófitos caminhantes, estaremos contribuindo de algum modo para a evolução da humanidade.
 Não, não é petulância não.
 Desde os tempos de calça curta, sempre ouvimos falar que deveríamos aprender com as pessoas mais idosas.
 Velhos no tempo, não no pensar, no viver, no ser e estar.
 Quantos ainda hoje, amarguram a condição de não ter trocado palavras sobre a vida, sobre as coisas, sobre o mundo, com as pessoas mais velhas?
 Pois são eles que sabem do tempo e do vento.
 Beber em suas sabedorias é sempre evitar atropelos pelos quais, não precisariam passar.
 Isso está claro.
 Escrever uma história, com seus percalços, suas vicissitudes, vitórias e alegrias, é o que podemos chamar de experiência, e só os anos vividos que trazem estas lições.
 Não procure em você, que hoje enverga a idade de filhos e netos, a sabedoria desta vida, pois não encontrarás.
 Para atravessar o vale da existência, não há como cruzar pelos céus e de avião...mesmo porque isso ninguém quer...ninguém quer abreviar as suas vidas, queimar etapas.
 Todavia, procurar o saber de um velho caminhante, sentados à beira das rodas de fogo, onde as almas tornam-se irmãs, é usar da sua inteligência para vencer as suas batalhas, vindouras por certeza.
 E a nós, intitulados os velhos caminhantes, iremos recordar as lições que depreendemos no decorrer de todos estes anos, instruindo-os com a Rosa dos Ventos em nossas mãos.
 Se existem mágoas, podemos ensinar que foram ocasionadas pelas nossas próprias expectativas, conosco e com quem nos acompanhou nos mais diversos períodos que vivemos.
 As vitórias, bem estas estão claras e vivas, pulsantes e serão contadas com muita alegria e felicidade, eufóricos com quem venceu junto conosco.
 Este livro é assim.
 A delineação do nosso tempo enquanto seres habitantes deste planeta de expiação (é preciso que se fale desta realidade), foram feitos por riscos e rabiscos, para cima e para baixo.
 O mundo é de expiação, e dele não se tem como escapulir.
 E as nossas verdades, são entremeadas por sucessos ou fracassos.
 Não há nada de mal nisso.
 Felizes daqueles que possuem aptidão de perceber que, versados sobre as boas lições que a geração 50/60 pode presenteá-los, as procurem sem mais remanchos.
 Usufruam, não esperem que os passageiros embarquem neste trem de todos nós.
 Podemos ser eternos em apenas um segundo, em uma palavra ou um gesto, capazes de distinguir momentos impossíveis de serem esquecidos.
 Não é arrogância ou insolência, é vida vivida, registrada no cartório da existência.
 Por isso, não rasgo nenhuma folha do livro de minha história, porque as folhas que virei foram lições que eu aprendi...
                                                      -:-

Pais ou Filhos


Talvez ...
talvez, quando nascemos filhos
aprendemos a ser, um pouco, pais
Para hoje ou amanhã
quem sabe pais
talvez alguns dias, mas
eles deixem de ser filhos
talvez, um pouco menos
ou, daqui há um tempo mas ...
Talvez passe depressa
talvez o tempo passe
Pode ser que o tempo pensa
não é apresse muito mas,
talvez se apresse e passe correndo.
Talvez em algum lugar,
 aqueles mesmos filhos
já não lembrem de ser filhos
e sejam pais dos seus pais
ou, nem juntos juntos mas ...
Talvez n'outros tempos
agora um pouco mas
talvez, os mesmos filhos
já ensinam a ser filhos
e, sejam agora, pais.
Tânia Moura.
Dir. autoria protegidos Lei n.9.610 / 98
Os Poetas do Tempo.
Foto: internet.

QUE SEJAMOS HUMILDES COMO O MAR



As águas de todos os rios
Das chuvas e das enchentes
Se deslocam até o mar
Num roteiro permanente.

E esse mar que é tão gigante
Com águas em intensidade
Se coloca abaixo dos rios
Manifestando a sua humidade.

É a grande demonstração
Que o mar nos ensina a viver
Mesmo sendo maior que todos os rios
Se coloca abaixo para todas as águas receber.

É a manifestação de humildade
Que o mar vem nos ensinar
Que devemos ser humildes
Não importando o lugar.

Que Deus seja nosso guia
Pra alcançar gestos de humildade
Que sejamos como o mar
Tratando todos com igualdade.

Parobé/RS, 25 de setembro de 2021 refletindo o quanto devemos aprender com o mar que se coloca abaixo para poder receber todas as águas.

GERALDO ANTONIO BOTH
Fotografia: internet

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

É TEMPO DE PRIMAVERA



O tempo será mais florido
Uma estação que se espera
O perfume está no ar
Nesse tempo de Primavera.

Tempo das flores se abrirem
Num enxoval de amor
É o passeio entre os jardins
Do pequeno Beija Flor.

Primavera da Esperança
Com sua beleza sem fim
Embelezandos todos os lugares
Nossas praças e jardins.

Primavera do sentimento
Que renova e contagia
Que depois do inverno rigoroso
Nos acalma e nos tras a alegria.

Primavera da beleza
Dos perfumes e das flores
Tempo de abrir o nosso coração
E resgatar todos nossos valores.

Tempo de ver a beleza
E também as qualidades
Tempo de perdoar e pedir perdão
E ampliar nossas amizades.

Como exaltamos as flores
Com sua beleza contagiante
Possamos exaltar as qualidades
De todos nossos semelhantes.

É o tempo de primavera
Que serve como reflexão
Que tratamos todos iguais
Com gestos de gratidão.

Parobé, 23 de setembro de 2021

GERALDO ANTONIO BOTH

Pais ou Filhos


Talvez ...
talvez, quando nascemos filhos
aprendemos a ser, um pouco, pais
Para hoje ou amanhã
quem sabe pais
talvez alguns dias, mas
eles deixem de ser filhos
talvez, um pouco menos
ou, daqui há um tempo mas ...
Talvez passe depressa
talvez o tempo passe
Pode ser que o tempo pensa 
não é apresse muito mas,
talvez se apresse e passe correndo.
Talvez em algum lugar,
 aqueles mesmos filhos
já não lembrem de ser filhos
e sejam pais dos seus pais
ou, nem juntos juntos mas ...
Talvez n'outros tempos
agora um pouco mas
talvez, os mesmos filhos 
já ensinam a ser filhos
e, sejam agora, pais.
Tânia Moura.
Dir. autoria protegidos Lei n.9.610 / 98
Os Poetas do Tempo.

Desdobramento na África



 

Estávamos numa estrada seguindo para o hotel, perto de uma estação de trem, não sei por que veio o nome de Madagascar. 

Quando no caminho vi à minha direita um vasto oceano, resolvendo descer e adentrar uma avenida com a pista sem asfaltamento, até chegar à praia. 

De repente já estava descendo uma escada em forma de espiral e atrás de mim tinha um homem também descendo essa escada, falando comigo em francês, imaginei que estivesse apressado pedindo licença. Eu o deixei passar, seguindo  o meu caminho, onde tinha uma senhora carregando um monte de sacola, que  me ofereci para ajudá-la a carregar as suas compras. Ela sorriu e aceitou, onde seguimos até sua casa. Ao chegar lá, a mulher apresentou-me o dono de um mercadinho, pareceu que era esposo dela ou alguém íntimo, onde o mesmo apresentou-me aos seus funcionários. Segui o meu caminho até a tão esperada praia - que não era muito grande, com uma rocha enorme no seu caminho -  quando cheguei lá, tinha um rapaz que foi logo empurrando uma espécie de cartão onde abriu três garrafas que tinha o aspecto de cerveja,  colocou dentro desse cartão as três tampas, dando a entender que tinha sido a minha consumação obrigatória. Eu falei que não bebia e logo ele fez uma cara insatisfeita com a minha opção, foi onde ele logo tratou de oferecer água, onde fui levado a aceitar; um menino encaminhou-se a uma garrafa muito grande e encheu a garrafinha. Foi quando eu disse que já estava bom, ele entregou a mesma para mim e o dono fez as contas numa máquina, usando-a inclusive para transformar o valor em dólar e os cento e poucos valores, ficaram exatamente dois dólares. Com a garrafa na mão, continuei a passear pela areia da praia, percebendo um grupo de pessoas intrigadas com algo que estava no mar, como sou curioso, fui logo ver,  era um enorme crocodilo de água salgada, que de repente deu um bote encima da gente, assustando todo mundo. E mais de repente ainda o celular tocou e a nossa viagem à África, ficou por conta de um jacaré de água salgada e um celular estraga viagem. 




 

Marcelo de Oliveira Souza,iwa 

2x Dr. Honoris Causa em Literatura 

Do blog: http://marceloescritor2.blogspot.com 

Instagram: marceloescritor 

 









Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras
 e
 Prêmio Literário Escritor Marcelo de O. Souza
Curador da Exposição Literária que leva seu nome, com placas espalhadas pelo mundo.
Instagram: @marceloescritor
* Ajude na manutenção dos nossos projetos com qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com

Autorizo Publicação!

Cinco títulos lançados com gêneros literários  diversificados; Duas vezes Dr. H.C.  em Literatura, pela FEBACLA e EscBrás respectivamente; Embaixador da Poesia, nomeado pela Academia Virtual de Letras Artes e Cultura, MG; Ganhador do Prêmio  Personalidade Notável  2014 em Itabira MG ; Membro   da IWA  International Writers and  Artistis – EUA ;  do  Núcleo Acadêmico de Letras e Artes , Lisboa; da Academia de Letras de Teófilo Otoni MG; da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências RJ;  da Academia de Letras e Artes de Cabo Frio  RJ; da confraria de Artistas e Poetas pela Paz – CAPPAZ ;da Academia de Letras do Brasil/MS ; Academia de Letras e Artes de Feira da Santana BA; da Associação de Poetas de Portugal, Academia  Literária  Internacional ALPAS 21, Cruz Alta RS;Academia Caxambuense de Letras, MG , entre outras. Organizador do Concurso Literário Anual POESIAS SEM FRONTEIRAS  e Prêmio Literário Escritor Marcelo de Oliveira Souza,IWA;    Curador da Exposição Permanente que leva seu nome e trabalho para dentro e fora do país. Instagram: marceloescritor. 

Ajude na manutenção dos nossos projetos com qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com


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* Site do Concurso de 
* Facebook: marceloescritor  ;

  • Tenha uma de nossas placas literárias  premiadas, com um lindo texto  em seu espaço gratuitamente! 
  • Estimulemos a cultura nacional - já temos mais de 50 pontos de exposição.
  • Entregamos dentro e fora do país, não vão pagar nada, dois modelos abaixo.
  • Retorne a mensagem para saber como .
  1.    

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Dia da Árvore


🌳Ceifada !



Crescida  e desamparada

Na rua ou na estrada

Representando muito

Ilusoriamente estagnada .


Na luta diária 

Está sempre desamparada

Nos fornece sombra 

Vida, alimentos  de jornada.


Todos motivos inventam

Cupins, projetos, queimada...

Tudo para  árvores ser predada.


Nosso conforto 

É seu sofrimento, ceifada

Nossa vida mais bonita

Com você bem plantada.


Entretanto só uma fagulha

De ideia mal plantada... 

Consome sua vida

Atormenta  a nossa vida 

Nesse fim pensamento 

Com prática desvairada.


🌳 Marcelo de Oliveira Souza,IwA

🌳2x Dr. Honoris Causa em Literatura 

🌳Homenagem ao dia da árvore 

🌳Instagram: marceloescritor 

🌳Do blog http://marceloescritor2.blogspot.com
🌳Boa noite🌚🌹🌳

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Dia da Árvore

🌳Ceifada !



Crescida  e desamparada

Na rua ou na estrada

Representando muito

Ilusoriamente estagnada .


Na luta diária 

Está sempre desamparada

Nos fornece sombra 

Vida, alimentos  de jornada.


Todos motivos inventam

Cupins, projetos, queimada...

Tudo para  árvores ser predada.


Nosso conforto 

É seu sofrimento, ceifada

Nossa vida mais bonita

Com você bem plantada.


Entretanto só uma fagulha

De ideia mal plantada... 

Consome sua vida

Atormenta  a nossa vida 

Nesse fim pensamento 

Com prática desvairada.


🌳 Marcelo de Oliveira Souza,IwA

🌳2x Dr. Honoris Causa em Literatura 

🌳Homenagem ao dia da árvore 

🌳Instagram: marceloescritor 

🌳Do blog http://marceloescritor2.blogspot.com
🌳Boa noite🌚🌹🌳

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Chimarrão

 

Quentinho na infusão 
Doce ou amargo 
Ninguém sabe, não! 
Folhas e ramos, usamos... 
Aquece nosso coração. 

Feito com fruto da cuieira 
O vaso mexe com a imaginação, 
Esse copo fundo, 
Faz de nosso amor profundo 
Uma grande libertação! 

Seu talher indispensável 
Bomba, bombilha 
Em prata laureada... 
Conduz o sumo da maravilha 
No chá que esquenta 
E a gente partilha 
De uma forma encantada. 

O meu chimarrão 
É forte, imponente... 
Advindo da luta inconfidente 
Até hoje figura contente 
Na cultura da nossa nação! 

       Marcelo de Oliveira Souza,IwA
Foto internet
Dia 20 de Setembro é o dia do gaúcho. 
Eu sou gaúcha, sou do Sul do Brasil.
Sou uma prenda campeira que mora na cidade, porém admiro o campo e aquele que nele trabalha ou vive. 
Eu gosto de dançar xote, chamamé... e de um cevado mate, o qual aprendi a tomar muito cedo com o meu pai. 
Sou mulher guapa, não me acanho por pouca coisa.
Da prenda gaúcha tenho as manhas, na alma e nas decisões.
Sou faceira, mas sou da lida, encaro o inverno frio nas manhãs para o trabalho e quase nunca me atrapalho com botas, boinas, mantas, poncho ou chapéu.
Gosto das pilchas, admiro a indumentária gaúcha, também gosto dos cavalos e da música, sou uma gaúcha que sabe o que quer.
#riograndedosul

Tânia Moura

REVOLUÇÃO FARROUPILHA



O Rio Grande do Sul
Se rebelou do descaso imperial
E declarou independência
Desse desmando nacional.

Dez anos de muita luta
Contra as tropas do Império
Bento Gonçalves no comando
Um Líder honrado e sério.

República Rio Grandense
Ostenta em nossa Bandeira
A marca que permaneceu
Da brava valentia guerreira.

É o vinte de Setembro
Que relembra essa revolução
Mas também presta homenagem
Aos costumes e a tradição.

Uma cultura recente
Que em todo ano ela brilha
Onde mora um gaúcho
Ali tem Semana Farroupilha.

No Eco do Tradicionalismo
O churrasco e o chimarrão
Invernadas e Tiro de Laço
Cultuando a Tradição.

Os CTGs são os guardiões
Da chama Regionalista
Onde Prendas e Peões
Preservam a cultura Tradiciolista.

A música, os trajes e os costumes
A gastronomia e as danças tradicionais
São ensinadas nos CTGs
Como princípio e também como ideais.

Tenho orgulho de ser gaúcho
E honrar a Tradição
E a cada 20 de Setembro
Relembrar essa heróica Revolução.

Parobé/RS, 20 de Setembro de 2021

GERALDO ANTONIO BOTH

sábado, 18 de setembro de 2021

PRECISAMOS REVERENCIAR OS SÍMBOLOS NACIONAIS



Nesse Dia 18 de Setembro
É bom relembrar o Civismo
É o Dia dos Símbolos Nacionais
Reverenciando nosso Patriotismo.

Os Símbolos Nacionais são quatro
A Bandeira, as Armas, o Selo e o Hino
Símbolos que deveriam constar
No currículo do nosso Ensino.

Exaltam valores positivos
De um povo varonil
É o respeito que devemos ter
Da nossa Pátria Brasil.

Ordem e Progresso
É a frase da Bandeira
É o que todos desejamos
Em nossa Pátria Brasileira.

O Selo é a marca registrada
Dos Atos Constitucionais
É a marca da autenticidade
De todos os Atos Oficiais.

As Armas Nacionais
Também chamada de Brasão
Representa a Glória a Honra e a Nobreza
Do nosso Brasil como Nação.

O Símbolo do Hino Nacional
Carrega a nossa identidade
É o porta-voz da Nação Brasileira
Em toda a humanidade.

Que a Bandeira desfraldada
Seja de orgulho nacional
Onde brote sentimentos
De Ética e de Moral.

Esse é o meu Brasil
De um povo muito especial
Que reverencia a Pátria
E se orgulha dos Símbolos Nacionais.

Que nesse dia possamos
Fazer uma breve reflexão
E lembrar que os Símbolos da Pátria
São Parte da Constituição.

Parobé, 18 de setembro de 2021, em homenagem aos Símbolos Nacionais.

GERALDO ANTONIO BOTH

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

20 de setembro: Dia do Gaúcho


V amos "matear" à distância.
I mpedidos do convívio social,
N osso "mate virtual"
T em a mesma importância,
E é "prá lá de especial"!

D esperta o dia na Querência,
E is outro, em minha existência!

S orvo esse mate, meu irmão, 
E m honra da tradição 
T ida dentro do meu peito.
E num gesto de respeito,
M arcado por gratidão,
B endigo ao "Nosso Patrão"
R econhecendo, desse jeito,
O "ter nascido" neste chão!

D e rara beleza e uma grandeza
I nfinita e que se expande,
A ssim Deus fez meu Rio Grande!

D ádiva é nascer aqui...
O rgulho é cantar prá ti!

G aúchos, no nosso dia,
A pesar da pandemia,
U ma atitude altaneira:
C ultuemos "Liberdade, Igualdade,
H umanidade",
O lema da nossa Bandeira!

(Adão Fighera)

Homenagem aos "gaúchos e gaúchas" de todas as Querências!

Desassossegos


Meus desassossegos são imensos
impossíveis mesmo de detalhar,
curvas imprevistas na estrada
ondas gigantescas no mar.

Por onde andei tanto tempo
sem reconhece-los a me acompanhar?
caminhos nos quais dormiam
as minhas certezas de só imaginar.

Num mundo imperfeito de vida
conquistada no tempo de amar,
lágrimas que partem a alma 
insistem em transbordar.

Transformados em quimeras
loucuras que volitam meu ser,
Tantos desassossegos senti
quanto me era impossível viver.

Trancados em minhas janelas
na casa do meu ser a delirar,
não sei se os trago em mim
ou são eles a me carregar.

 Cleuza Silveira🌻

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

ESCADARIA DA VIDA



Os dias são como degraus
De uma grande escadaria
É uma subida permanente
Reiniciada a cada dia.

Cada degrau é uma pagina
Do livro da nossa vida
E a história fica registrada
Na jornada já percorrida.

Nossa história terá sentido
Fazendo sempre amizade
Por onde que nós passamos
Vamos deixando saudade.

Essa é a nossa missão
Como uma nobre essência
De sempre fazer o bem
Na jornada da nossa existência.

Parobé/RS, 14 de setembro de 2021

GERALDO ANTONIO BOTH

É PRECISO


É preciso escutar-se um pouco mais
para entender o cotidiano,
Este que muitas vezes sufoca o peito 
Tornando tudo menos humano.
.
É preciso encontrar motivos
para seguir em frente, embora
tudo te impulsione para o correr 
das horas, nas insanas perdas de memória.
.
É preciso rever conceitos e aceitar
no diferente o seu espelho,
refletindo algumas mágoas de outrora
num pulsar urgente que sem perceber aflora.
.
É preciso doutrinar-se e amar mais
daquilo tanto que te compõe, passado e
 corpo estanque de aço, onde habita
o verbo, calando a escuta dos sentidos.
.
É preciso compreender o que vai na alma
e reverbera no corpo, tão insólito
que corta a pele como navalha.

É preciso...


Cleuza Silveira

CONTO DE UM VELHO PAISANO


I. 
Há quem ache que vida de campo
É só encanto e desconhece esta sina.
Ensina muito bem a terra quem dela
Faça depender toda a sua vida.

Ela te dá e também te tira.
A ira? Não só dos Céus vem.
P'ra quem não fala co'a natureza com certeza
Há de padecer muito sobr'este chão.

II. 
Traigo no rosto marcas que são caminhos
Destinos que com o tempo percorri.
Se vi - nessas agruras tantas amarguras
Foi este livro que me coube e onde aprendi.

Como tantos sob o julgo de ser peão, nasci
E perdi - das mãos envelhecidas e calejadas,
As apagadas linhas da vida que um dia
Alguma cigana era capaz de se ler!

III. 
Mas levo n'alma preservada o elo de ancestrais
Memórias tais que tempo nenhum devora, inda que queira.
À beira está o homem, filho do tempo que o vento
O desfaz, feito redemoinho quando ergue poeira.

Meus limites sempre estiveram além da porteira.
Tropeia assim muitas vezes o índio as andanças
E se lança, solto às reglas ou a lei, eu sei!
À vida livre solta dos campos!

Aos meus passos esses rumos serão dados
E certo estarei!

Leonir Garcia

(*poesia de inspiração no versar gauchesco)
Direitos reservados na lei 9610/98

SAUDADE DA MINHA TERRA


Longe em quilômetros
Lembro com saudade
Da minha terra amada. 
Daquele céu estrelado
Que perto de ti senti.
Lembranças permanentes 
Da minha terra existente. 
Hoje quero retornar
Ouvir os pássaros
Cantar 
Saber de boas novas 
Pois sei que de longe vou regressar.
Sei que me esperas
Meu chão natal. 
Trago no peito
 todo o amor aprisionado
Aqui retratado 
Ainda hei de ter ver 
Com os campos sorrindo
Por me ver chegar.
Então meus olhos vão brilhar
Porque para o meu pampa hei de voltar.

Lúcia Oliveira

SEMANA FARROUPILHA

O Rio Grande se agiganta
Na Semana Farroupilha
No Culto as Tradições
Nas Planícies e Coxilhas.
É o Acampamento Farroupilha
Recordando o fogo de chão
Que aquece a água na chaleira
Para tomar o tradicional chimarrão.
São as danças tradicionais
Que nos CTGs são apresentadas
Onde peões e prendas
Integram essas invernadas.
É a culinária campeira
Do Churrasco e do Charque
Do Festival de Carreteiro
Que é uma verdadeira arte.
A pilcha é o traje que identifica
E faz parte das tradições
É a vestimenta sagrada
De todas prendas e peões.
A cultura do Rio Grande
Na trajetória musical
Os fandangos e festivais
Que tem um lugar muito especial.
É a Semana Farroupilha
De um resgate da Tradição
Onde em cada CTG
Tem Chama Crioula e uma ampla programação.
Esse é o meu Rio Grande
De uma história de muitas lutas
São recordações relembradas
No auge de muitas disputas.
Ser gaúcho é ser especial
E poder cultuar a Tradição
Onde Peões e Prendas pilchados
Saboreiam o gostoso chimarrão.

GERALDO ANTONIO BOTH
Parobé/RS

Na certeza do encontro (Português y español)


Eu me escondi de mim mesmo.
Me escondi, mas me encontrarei.
Seja, nos recônditos do meu eu, por entre luzes e escuridões,
por entre sombras e assombrações, me encontrarei.
No prédio abandonado em que luzes se escondem, lá estarei.
Não fugirei dos meus olhos e da eternidadade fraternal.
Esta, encontra e trata quem se procura sem medo de enfrentar, os fantasmas do ontem e do Agora.
Ao contrário, são estes olhos que vasculharão cada abismo do nosso ser e assim resgatar a beleza que a todos pertence, nesta caminhada sem precedente de volta a vida presente, onde estarei.
En la certeza del encuentro
(En español)
Me escondí de mí mismo.
Me escondí, pero me encontraré.
Sea, en lo más profundo de mi ser, entre luces y tinieblas,
en medio de sombras y fantasmas me encontraré.
En el edificio abandonado donde se esconden las luces, allí estaré.
No huiré de mis ojos y de la eternidad fraterna.
Este, encuentra y trata a quienes buscan sin temor a enfrentarse a los fantasmas de ayer y de ahora.
Al contrario, son estos ojos los que buscarán cada abismo de nuestro ser y así rescatar la belleza que es de todos, en este inédito viaje de regreso a la vida presente, donde estaré.
Rafael Machado Kluwe

terça-feira, 14 de setembro de 2021

O Deus que Ilumina!

O DEUS QUE ILUMINA


O Deus que ilumina
Guiando meu caminho.
Quando estou sozinho,
Está a me acompanhar
Abrindo e protegendo os meus passos,
Projetando-me para o alto.

Quando estou cabisbaixo,
Põe-me numa redoma,
Salvando-me dos incautos
Que tem por finalidade
O sofrimento alheio,
Através da briga e incompreensão.

Por isso seguro forte a sua mão
Para que não me perca
Em meio ao desespero,
Encostando o meu corpo
Na sombra da árvore da tranquilidade.


🤔Marcelo de Oliveira Souza,IwA
🤔Do blog : http://marceloescritor2.blogspot.com
🤔Instagram: marceloescritor
🤔Boa noite!🌚

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

publicação no blog poetas livre

Prezado, 
Estou enviando para o blog, mais uma crônica minha, se for do interesse vocês publicarem.
Existe outra maneira mais simples de enviar um texto para a página poetas livres?
Saudações bageense
Krretta

Eis o texto:

AS VISITAS

Krretta

 Outro dia estava me lembrando das visitas que fazíamos, lá na minha Bagé, quando íamos com nossos pais, na casa de amigos e parentes.
 Isso já nem existe mais, e não é por causa da pandemia, pois já tinha caído de moda há muito tempo.
 Já diriam os franceses: "démodé".
 É, mas eu sou do tempo de se fazer visitas sim, embora muitos ou a grande maioria possa achar isso muito arcaico.
 Lembro que minha mãe, na hora do banho, dizia para nós que tínhamos que caprichar porque naquela noite, depois do jantar, íamos fazer uma visita.
 Não era bem o programa de que mais nós gostávamos, pois ficar na rua, brincando com os nossos amigos, era insubstituível.
 Pega-pega, polícia/ladrão, esconde-esconde entre outras façanhas, era o preferido, sendo que estava terminantemente proibido jogar futebol de noite.
 Mas, por quê?
 Simples, meu caro "Watson" ...já tínhamos tomado banho e, jogando futebol estava claro que iríamos suar, sendo que outro banho antes de se deitar haveria de ser tomado. É claro que não iria acontecer e, dormir suado, jamais...
 Então, futebol nem pensar...
 Mas, falávamos das visitas.
 Pois quando terminávamos a janta, e feito todos os protocolos pós ceia, saíamos todos juntos, pai, mãe e filhos pelas ruas calmas e tranquilas de Bagé, caminhando...sim, caminhando a pé, pois carro era de um luxo só e estava muito longe das posses da nossa família.
  Ninguém avisava ninguém de que receberiam visitas, pois também o telefone era coisa rara e, naturalmente a comunicação era difícil.
 Simplesmente se ia fazer uma visita, de surpresa mesmo e, sempre, indistintamente, éramos bem recebidos pelos donos da casa e os seus rebentos.
 O sorriso e a satisfação pela visita era marca registrada dos anfitriões.
- Fulana, vem cá, olha a maravilha de visita que estamos recebendo – gritava o dono da casa, invariavelmente.
 E lá vinha a patroa da casa nos receber e, junto dela e com os olhos curiosos, os filhos que porventura ali estivessem.
 Entrávamos e logo a sala da casa era oferecida para nos sentarmos, donde a conversa iria prosperar em caudalosa prospecção.
 Num primeiro momento, ficávamos encabulados, sentados em um sofá, só esperando a deixa dos amigos da casa nos convidarem para brincar.
 A curiosidade sempre residia nos seus brinquedos, geralmente guardados a sete chaves nos quartos.
 Enquanto meu pai e minha mãe conversavam distraidamente na sala com os seus amigos, as brincadeiras iam tomando forma, o que sempre ocasionava um "bah, tava tão bom", na hora de ir embora.
 As visitas daquela época eram singelas e acolhedoras.
 Sempre eram oferecidos ou um café ou um chimarrão, com alguma guloseima, pois as casas daquela época tinham "essas coisas" e, para não serem surpreendidas pelas gostosas visitas de paraquedas.
 Televisão, vídeo game, headphones, para quê, se a vida pulsava eternidade nos risos fáceis e na alegria daquele encontro?
 Simplicidade, alegria e amizade, era assim que era.
 O tempo passou e nossas casas, tristemente, viraram um templo de solidão.
 Os encontros são bem longe dali, se não tiver criança bem melhor, e, de preferência que cada um pague a sua despesa.
 Os encontros tornaram-se impessoais, frios e distantes, quando ninguém quer mais ninguém dentro das suas casas.
 O poeta britânico, George Herbert disse: "A vida sem um amigo é a morte sem testemunha".
 As visitas não existem mais, quando estamos povoando nossa solidão de saudades e lembranças.
"Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato."
Barão de Itararé

Re: Poesias sem Fronteiras

Boa noite! Muito obrigado a todos vocês do concurso e em especial ao presidente e ao Marcelo Escritor do grupo de Oliveira. Parabenizo o pro...