Pai,
Hoje a sensação estranha,
De uma saudade tamanha,
Se apossou de mim
E me inspirou a te escrever assim:
Volto no tempo
E me vejo pequeno, em outros tempos...
Lá tu estás e me ensinas.
Ouço teus ensinamentos,
Teus conselhos...tuas experiências...
Agora, quantas reminiscências!
Cresci e tu envelheceste...
Como é bom te ver velho e comigo,
Pois hoje talvez sejas
Menos pai e muito mais amigo!
As vezes até sinto ciúmes
Do afeto
Que dedicas a meus filhos,
Teus netos...
Comigo foi um pouco diferente:
Eras "durão"...
Mas, eras meu grande herói
E inspiração!
De repente,
Te tornaste velho moço, paciente,
A brincar com eles
De "bandido e mocinho",
Distribuindo "balas de carinho"!
Quando estamos juntos,
Te orgulhas da minha presença,
Pois vejo, em teus olhos, um úmido brilho...
E eu me orgulho tanto,
Dos teus cabelos brancos
E de ser: Teu filho!
(Fighera)
Foto: internet
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