Fúria
Deslumbrada! Transgredi as leis que violam o meu corpo, eu insana guardei sentimentos ocultos n'alma. Não enxergava a luz, mas uma vastidão de sentimentos me invadiu. Talvez, seria o fim. Mas não, era o amor tocando-me, pois dei espaço.
Estava tão próximo, aquele sonho de anos, que nunca esqueci. Lembrei-me de nossos sutis momentos, carregados em minha memória. As nossas fantasias, fetiches, vivemos infindos desejos, e a ardente chama que percorria nossos corpos. Mas, tudo era um sonho, acordei assustada! Respirei, logo em seguida gritei: — Não, não, isso não é destino!
Seria indolente trazer-lhe de volta! Repúdio está dor. Mas que dor, não havia dor, era realmente o homem que amava, deitado, ao meu lado. Já tinha lhe perdido há tempos! Talvez, estivesse irritada!
Fácil demonstrar a raiva e a impaciência, quando algo lhe deixa irritado. Difícil é demonstrar a alguém, que realmente lhe conhece, respeito e procurar entender. E é assim que perdemos pessoas especiais. Então, perdi aquele que tanto amava, num momento fúria. Ainda tenho marcas de amor sobre meu corpo, nas quais ouso dizer ser apenas, delírio.
Loucura!? Nunca foi...!
Fragmento do livro: Duas lágrimas, duas vidas e dois sorrisos. Texto e argumento de Fabiane Braga Lima, novelista, poetisa e contista em Rio Claro, São Paulo.
Texto e revisão de Samuel da Costa, novelista, poeta e contista em Itajaí, Santa Catarina.
Artes digitais de Clarisse da Costa, designer gráfico e poetisa em Biguaçu, Santa Catarina.
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