Das profundezas astrais: ela brilha, diáfana, dourada e eviterna!
A sacrossanta nívea afra rainha
Postada no alabastrino altar
A desfrutar o outonal brilho do astro rei
No alta da torre da Cidade das nuvens
***
Se a dulcíssima ebúrnea poetisa me conhece bem
Então saberia que conjuramos
Os mesmos antiquíssimos e eviternos
Deuses e Deusas
Que almejamos o mesmo dossel
Lá nas inalcançáveis alturas etéreas
Do páramo tranquilo
***
Então sonhei
Com os nós dois irmanados
E perdidos na mítica
E quimérica floresta no velho mundo
Ao negro anoitecer
***
E as portentosas árvores milenares
Iluminadas por biomecânicos
Insetos biluminescentes
E a Mami Wata entoa uma velha canção
Para os caudalosos rios
E os plácidos lagos de águas límpidas
***
Ao amanhecer
De um novo dia
Banhados e babujados
Pela luz dourada sol do crepuscular
Ouvimos os oníricos griots
A sussurrem a nossa história
Para o além das eternidades
***
Das vastidões cósmicas
Emergiram os cibernéticos soberanos
Os Deuses e as Deusas
E uma fusão de ritos antigos
E tecnologia afro futurista
Fragmento do livro: Astro-domo, texto de Samuel da Costa, contista, poeta e novelista em Itajaí, Santa Catarina.
Artes digitais de Clarisse da Costa, designer gráfico, novelista, contista e cronista em Biguaçu, Santa Catarina.
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