Opera mundi: A reunião na rua L, educação emocional digital!!
Na constituição metafísica
De todas as coisas universais
E não-coisas astrais existentes
Há o que é intangível
Há o que é imutável
E o que é inefável
E inevitável
As três belas mulheres, estavam deitadas nas cadeiras cadeira tomar sol de alumínio, eram jovens mulheres orientais, estavam de topless, em uma tarde amena de outono. Estavam deitadas de costas, sorriam e falavam baixo em um dialeto perdido do sudeste asiático. Estavam em uma enorme lancha luxuosa em uma marina privativa.
— Sabes qual é o maior temor dos filhos! — Disse uma voz no ponto de ouvido para comunicação.
Ajustar a luneta para setecentos metros e recalcular a trajetória do disparo foi feito de forma automática e eficiente.
— Repetir os erros dos seus progenitores e se transformar nos próprios pais, minha querida! — A voz, agora um pouco mais humanizada, não tirou-lhe a concentração.
Um homem adulto, teuto de olhos claros, apareceu na popa da lancha! Saiu da cabine do capitão, com um charuto na boca! Carregava uma bandeja de prata, com uma garrafa de champagne, imersa em um balde de gelo e quatro taças de cristal.
— O alvo identificado, o alvo está na mira? — A voz familiar de uma mulher estava firme e clara aos ouvidos da militar de patente intermediária.
— Preciso de confirmação do alvo! — O sussurro ecoou na mata fechada! Insetos zuniram e uma ave grasnou não muito longe dali.
— Otto! Estou lendo do roupão do elemento! — Disse a observadora, que assustou o binóculo, calculou o vento, o balançar da embarcação e a trajetória da bala — Sinal verde tenente.
O corpo sem vida de Otto, se projetou em cima das cadeiras da cadeira tomar sol de alumínio. Os gritos desesperados das jovens orientais tomaram conta do ambiente!
— Alvo abatido! — Disse a voz da observadora.
A tenente, lentamente recolheu o tripé do rifle, desacoplou a luneta e o silenciador da arma. Ficou estático, enquanto dois homens fortemente armados saíram da cabine de capitão, apontavam as armas para o alto da morraria não longe da embarcação. A tenente, esperou a major dar ordem de retirada, assim que os seguranças baixaram as armas.
— Limpo! — Disse a major!
A tenente, dobrou o rifle automático, guardou no estojo, se levantou, se virou e viu a major a poucos metros perto dela. Estava vestida com um uniforme camuflado, vestida com coturnos e estava com a face colorida de verde! Se virou e se deparou com a major na frente dela. Em uma visão espalhada, pois estavam usando o mesmo uniforme e adereços, a tenente levou a mão na cintura e não encontrou nada, estava desarmada.
— Mãe? — Disse a tenente assustada.
A major apontava uma pistola prateada, o som do disparo ecoou no ar e se perdeu no infinito
Olhando para a frente as faixas amarelas se movimentavam com rapidez, e olhar para e ver veículos com as suas luzes ligadas. Perceber que nas laterais da estrada era revestido de uma mata rasteira em um cenário que não mudava. Uma mulher de meia idade, indo para a velhice, usava uma jaqueta jeans surrada, com gotas de sangue, óculos de sol nos olhos e um lenço vermelho cobrindo o resto.
— Sabes qual é o maior de todos os piores dos pesadelos? — Disse a motorista, pisando na embreagem, mudando de marcha, para depois apertar um botão no volante e pisando no acelerador. A caroneira percebei que estava com uma submetralhadora no colo, olhou para o banco traseiro e viu um corpo sem vida coberto de sangue. Era um adolescente, usava um boné vermelho na cabeça, jaqueta jeans sem mangas, camisa branca e um lenço vermelho no pescoço.
— A realidade, dele ninguém pode fugir! — Respondeu a caroneira
O veículo acelerou mais e mais, deixando para trás os veículos da lei. Aurora acordou, escutava pequenos ruídos, que ela não identificou. Na completa escuridão do ambiente, a programadora de computadores clamou por luz.
Organizar na bancada de trabalho, as partituras para a apresentação da noite seguinte, não era algo mais que corriqueiro, assim como separar cada instrumento, primeiro a flauta transversal, depois o violino e as suas respectivas partituras.
— Hora de pagar o que nos deve! — A voz alcançou a musicista como se fosse uma sinfonia.
— Um inocente? — Perguntou a musicista, enquanto se vestia para a festa em sua homenagem — Que tal tuas?
— Melhor ainda! — Responde aquela voz de mulher.
A Ascensão tinha lá os seus preços altos, era assim que muitos professores de professoras de forma variada. E ascender das posições em orquestras e como musicista de apoio em operetas baratas e casas de espetáculos suspeitas para o estrelato, em um portentoso navio de cruzeiro cobrou um preço bem alto. Era um espetáculo de vanguarda, que misturava os que há de clássico na música do velho mundo, com ritmos latinos e africanos do novo mundo e elementos teatrais modernos. Plateia seleta e muito rica! Vestido à moda masculina, cabelo negro engomado, pinta no lado rosto, a musicista olho para o espelho e saiu da sua cabine privativa. Algo bem longe dos quartos baratos e bairros pobres onde viveu e do alojamento como dos outros artistas que a lhe faziam coro e músicos e cantores de apoio.
— Eu renasci com os olhos de uma víbora e fiquei do tamanho de Deus! — Cantarolou a musicista para si mesmo.
Saiu do camarote exclusivo e foi para a proa, caminhava tranquilamente e caminhou e avistou quem a esperava. Uma mulher jovem loura eslava, de olhos verdes vivos vestida elegante, carregava um bebê no colo envolto de uma manta de lã de cordeiro. A jovem eslava, que divisava o horizonte, naquela noite fria, ao fundo, os grasnares de aves marinhas que acabara de encontrar um cardume de salmão e se banqueteavam. A jovem eslava, se virou ao ouvir os passos da musicista, que sorriu para a mulher encostada na amurada da embarcação, a eslava devolveu o sorriso. A musicista chegou em sentiu o doce aroma floral, que emanava da outra, o eflúvio entorpeceu a musicista que ergueu ambos os braços e empurrou a mulher eslava e o bebê.
— Seja bem vinda ao o sexto campo orbital — A voz melodiosa de mulher soou familiar para Aurora.
A programadora de computadores percebeu que estava sentada, com os membros presos.
— Segunda fase terminada, educação emocional digital, terceira fase inicial! — Disse uma voz eletrônica na mente de Aurora.
Fragmento do livro: Sono paradoxal, texto de Samuel da Costa, poeta, novelista e contista em Itajaí, Santa Catarina.
Arte digital de Clarisse Costa, designer gráfico, poetisa, novelista e contista em Biguaçu, Santa Catarina.
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