De onde venho
Talvez não entenderias
Nem mesmo compreenderias
Pelo olhar que hoje tenho
Foi adquirido com tempo
Entre tempestades e bonanças
Quando a jovem criança
Começou seu despertar
Entre andar, e ajoelhar
Fez sua estrada rotineira
Arrastando suas dores
Num sangrar tão costumeiro
Que diria que morria
Por dentro e ninguém via
Porque seu rosto sorria
O tempo esse senhor que aniquila
Pois curou minhas feridas
Transformou magoas e dores
Em sorrisos de alma florida.
Marilene Alagia
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