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terça-feira, 10 de agosto de 2021

MUSEU DOM DIOGO

Da Beneficência Portuguesa a museu 

Lá está ele 

No coração da cidade! 

Quem passa pela Rua Emílio Guilain, 

Depara-se com a beleza de um belo  

E histórico  prédio. 

Espetacular! 

Magistral! 

E sobretudo atemporal.

Longas escadarias  

Que já serviram de palco a espetáculos inesquecíveis 

Agora direcionam aqueles que chegam  

Ao interior sagrado de Dom Diogo,

Que abriga a memória de um tempo. 

Obras, móveis, utensílios, 

Fotografias e jornais.

É uma coleção imensa e intensa 

Que faz o mapa do passado 

Renascer com calma na alma. 

E a Bagé de antigamente 

Toma conta de todas as gentes

De todas as querências.

Do Oiapoque ao Chuí

Parece que se ouve, novamente,

Os sinos das primeiras missas,

As vozes dos primeiros índios,

O grito dos primeiros imortais.

Tarcísio Taborda parece que aparece na porta

E também Monsenhor Hipólito

Como se vivêssemos um momento insólito.

E de repente as sombras se alongam

E são as únicas testemunhas 

Da ressurreição que acontece:

Ele – o passado – não está morto!

Ele vive e viverá 

Para sempre

No coração valente de Dom Diogo

Nosso guardião permanente.



Poema: Lúcia Oliveira

Fotografia: Internet jornal Minuano



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