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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Fabiane B. Lima em versos e prosa A filha do vento

Fabiane B. Lima em versos e prosa

A filha do vento

 

Tenho uma sede incontrolável pela vida, quando me sinto ausente, calada é a minha fome por sentimentos verdadeiros, por toques que me acalentam. Sinto a necessidade de acordar, sentir o sol me tocar e viver intensamente.  

Quando anoitece, a minha mente fique inquieta, tenho necessidade de escrever e ler, até que eu possa adormecer. Caminho de acordo com o vento, deixando os meus rastros, conhecendo mundos opostos, assim crio as minhas histórias e utopias, muitas vezes complexas e outras não.

Em meus versos gritam por liberdade, a vida é a minha poesia.  E, assim deixo as minhas marcas, a minha escrita, os meus gritos contidos, os meus silêncios e as minhas lágrimas de poetisa.

Reinvento-me, sou filha do vento, caminho por horizontes, nos quais deixo sempre um pouco de mim. Sou a filha do vento, errante, estrangeira, caminhando por horizontes, sem fim...!

Fabiane Braga Lima é cronista e poetisa em Rio Claro, São Paulo

 

 

Perdida no tempo

 

Como chorei, foram tantas noites em vão

Com os olhos inchados procurei paixões

Despertei de sonhos e infindos pesadelo

Toda essa fraqueza cessei, me acalma!

Poderia ter pensado mais, usado a razão

Mas não, ingênua dei liberdade ao meu coração

Entrei num labirinto de sombras e medos

E, oscilando fui muito além......incoerente.

Hoje! sinto-me plena, enxerguei meu erro

Caminho com certeza de poder recomeçar

Reconhecendo que o amor é reciprocidade.

Se não tivesse exagerado, e ficasse intacta

Poderia ter colocado ponto final no início,

Mas usei reticências, dando voz a demência...!

Fabiane Braga Lima é poetisa em Rio Claro, São Paulo

 

 

Apenas, sombras

.Num porta retrato antigo, te vejo...

Meu pensamento frenesi e languento

Sob a escrivaninha idolatro a tua foto

Empoeirada de longa data passada.

Há um medo árduo de te esquecer...

Reconheço que tudo isto é sombrio

Refém do tempo, guiada por utopias

Acalentando fantasmas indecifráveis....

Com palavras amiúdes e desconexas,

Como posso deixar tudo envolver!?

Nada atrai, desconheço tal sintonia!

Enfim, ninguém vive de mera incerteza

Num mundo ilusório! Morrer de paixão!?

Incoerente, atrair fantasmas inexistente!...

Fabiane Braga Lima é poetisa em Rio Claro, São Paulo

 

 

 

Sem reminiscências do passado

 

Inquietação! Legado, sina que carreguei 

Rótulo que me colocaram, sem a minha permissão

Rangi os dentes na apneia do meu sono

Num delírio, algo que busquei, inexistente

Meu psíquico indecifrável, só eu conheço

Sonhos árduos que me levaram a nada…

Sonhos irresolutos que n'alma guardei

Transformo me dia a dia, tentando melhorar.

Oras! Um dia hei de me compreender...

Entendo! Ousei guardar um sentimento

Amei, mas o amor foi complexo de mais…

Hoje na solitude reflito meu verdadeiro (eu)

A tradução do talvez, tropeço e me levanto

Sou o dia e noite cautelosa, sobrevivendo,

Sem reminiscências do passado. Plena....!

Fabiane Braga Lima é poetisa em Rio Claro, São Paulo

 

 

Fabiane Braga Lima é cronista e poetisa em Rio claro S.P

 Contato: bragalimafabiane@gmail.com

 

 


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