Hoje, aos suspiros, observo o silêncio
a espreitar,
E uma saudade morna toca meu peito,
a desejar
que o mundo fosse pequeno
e que eu pudesse te encontrar
no meu vazio, silente, perene pulsar.
...
O tempo dobra as esquinas da vida e,
ao passar, não te encontro mais a gargalhar
felicidades pequenas, miúdas alegrias a espalharem-se pelas ruas,
numa tão sonhada estrada tua.
..
E o mundo torna-se penumbra
o pensamento a vagar, serei eu
a te esperar, na calçada fria da vida?
..
Vagas palavras que não definem
o pensamento a ondular, água de
seca que assim como vem, é partida.
..
Escolho o assombro da mente
que duvida de si ao vibrar, e parte
rumo aos confins do presente.
..
Silêncio, a mente quer descansar.
Cleuza Silveira
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