RASURA

Rasurei 

Numa folha velha

A foto da juventude

Que guardava

Lembranças de amor

Foram tantos rabiscos

Tantas curvas

Tantas voltas

Que esqueci

De desenhar rosto

Ficou esboço

Do que fui

Do que amei

Chorei

Entreguei

Tanto amor

Que rasurei e te guardei

Marilene Alagia

MEIO COPO DE ÁGUA

A história da nossa vida

Pode até ser comparada

Na história de um simples copo

De um meio de água.

Se nossa vida é de pessimismo

Vemos um copo quase vazio

Ficamos a mercê dos problemas

Num norte sem desafio.

Se nossa vida é de otimismo

De muita Fé e Esperança

Vemos um copo quase cheio

Em tudo temos confiança.

Que o copo da nossa vida

Seja repleto de muita luz

Que o que falta para enche-lo

Possamos pedir ao Mestre Jesus.

Ele, com toda certeza

Será nosso grande guia

Para entrar na Confraria dos Poetas de Bagé

Brindando com muita alegria.

Parobé, 28 de agosto de 2021

Geraldo Antonio Both

Clarice Gomes de Almeida

LIBERDADE

Poema apresentado na live de Fundação da Confraria Poetas Livres de Bagé.

Nossos corpos seriam prisões

Para nossas almas,

Se sendo como pássaros, não soubéssemos voar.

Liberdade, palavra misteriosa

Que nos foge a razão

Em teu nome todo homem

Ainda guerras o farão.

Não compreende a vil criatura

A sua própria grandeza.

Escraviza-se em seus próprios desejos

Tornando a vida: dor e tristeza.

Liberdade, este real sentido

Que toda alma alcança e conquista

Na plenitude do Espírito.

Leonir Garcia

Direitos reservados na lei 9610/98

Amor eterno

Poesia recitada na Abertura da Confraria dos Poetas Livres.

Decidi te amar,

e desde então, te amar virou refrão em minha vida.

Fiz esta canção, pensando nas melhores palavras para dizer-te, que por mais  triste e ausente, jamais me verás descontente por amar-te incondicionalmente.

Jamais, jamais, em toda tua existência, por mais indiferente à mim, minha estada junto a ti, mesmo em pensamento, será um lamento.

Tu me fez amar e sentir-me amado, e não existe tesouro que brilhe mais que meus olhos marejados a te ver sorrir.

Jamais, criança, talvez te pegarei no colo, mas a ti imploro, que o calor do meu abraço, quando este era amado, não seja esquecido.

Foi na ternura dos nossos entre abraços que o amor se multiplicou e deu razão a minha forte emoção em dizer aos gritos, que te amo.

Enquanto, na minha crença se fizer presente o eterno, seguirei desejando, mesmo sem esperança, o milagre do teu Amor.

Decidi amar e desde então, te amar virou refrão da minha vida.

Resolvi que seja um labirinto, sem saída, para não deixar fugir meu amor por ti nesta vida.

E sem duvidar, espero te amar em todas as vidas, mesmo que distante, para respeitar teu desprezo.

Ficarei ao longe, na platéia a aplaudir tuas glórias, porque Amor na sua essência, não morre, talvez se esconda, mas morrer jamais.

 

Amor cresce e floresce,  mesmo sem água e terra, pois na sua constituição tudo esta presente, para que nada falte, para que o verdadeiro amor não possa ser negado, nem esquecido, talvez escondido.

Decidi te amar e desde então, amar virou refrão da minha vida e assim será para sempre, minha criança.

Rafael Machado Kluwe

#2020 O Ano Que Ninguém Viu

Poema recitado na Fundação da Confraria Poetas Livres Bagé

Dias e noites em cárcere privado

Caminhos percorridos

Coisas proteladas, esquecidas.

Eu, contrito quase sem temor

Sinto que o tempo urge.

Trilhas limitadas ao lar

Liberdade tolhida pelo ser invisível, inimigo letal.

Sonhos carregados no vento.

Algumas rugas marcadas pelo tempo

De um tempo que não para, mas está a esperançar...

Regadas à lágrimas, as melhores lembranças e sonhos.

Esperanças enterradas ao relento

Vontade de ir, voltar e ir de novo...

muitas idas sem volta,

mestres sem voz nem vez,

inocentes perdem a sua vez,

vozes contidas nas idas sem volta.

E os caminhos não percorridos, ficarão assim incompletos?

O tempo não para e também não volta; o tempo é como o vento.

Tânia Moura.

Os Poetas Do Tempo

Dir. autorais Lei n.9.610/98.

Amor Eterno

                                                                                                                              AMOR ETERNO!

Vejo algo que aponta

parecendo um reflexo

Uma visão do mundo

num momento de paz constante.



Caminhando em minha direção

Meu coração pulsando como nunca

num misto de paz e ansiedade

uma grande familiaridade.



Com o vento ultrapassando seus cabelos

Inebriando minhas narinas

Entrando em meus poros.



Um sorriso lindo e contente

ao meu alcance

Ultrapassando o limite do tempo e espaço.



Como se um prolongamento do sentimento

lindo intermitente

fosse e voltasse.



Uma fusão de acontecimento

Que me acompanha e me abastece

O meu amor que todo mundo conhece.



Que percorrerá o infinito

da eternidade

O fim da humanidade

Ecoando nas galáxias

O meu amor.



Como uma flor desabrochando

num momento mágico

Retratado pelo fotógrafo

Cristalizado e plenificado

Por todo o sempre.

Marcelo de Oliveira Souza,IwA

Do blog: http://marceloescritor2.blogspot.com

Do Livro Confissões Poéticas

Instagram: marceloescritor

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Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil

Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras

 e

 Prêmio Literário Escritor Marcelo de O. Souza

Curador da Exposição Literária que leva seu nome, com placas espalhadas pelo mundo.

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Autorizo Publicação!

Cinco títulos lançados com gêneros literários  diversificados; Duas vezes Dr. H.C.  em Literatura, pela FEBACLA e EscBrás respectivamente; Embaixador da Poesia, nomeado pela Academia Virtual de Letras Artes e Cultura, MG; Ganhador do Prêmio  Personalidade Notável  2014 em Itabira MG ; Membro   da IWA  International Writers and  Artistis – EUA ;  do  Núcleo Acadêmico de Letras e Artes , Lisboa; da Academia de Letras de Teófilo Otoni MG; da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências RJ;  da Academia de Letras e Artes de Cabo Frio  RJ; da confraria de Artistas e Poetas pela Paz – CAPPAZ ;da Academia de Letras do Brasil/MS ; Academia de Letras e Artes de Feira da Santana BA; da Associação de Poetas de Portugal, Academia  Literária  Internacional ALPAS 21, Cruz Alta RS;Academia Caxambuense de Letras, MG , entre outras. Organizador do Concurso Literário Anual POESIAS SEM FRONTEIRAS  e Prêmio Literário Escritor Marcelo de Oliveira Souza,IWA;    Curador da Exposição Permanente que leva seu nome e trabalho para dentro e fora do país. Instagram: marceloescritor. 

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1.    

despetalar

as pétalas se soltam ao mínimo toque da brisa. lá fora da janela os pingos de chuva caem na terra. já não sei se é lá fora ou aqui dentro, tudo se confunde. as árvores despencam as folhas para suportar o inverno. eu cuido desse corpo-casa como a última chama na lareira em uma madrugada de geada. nos dias nublados olho para o céu até que os raios de sol perfurem as nuvens e recaiam sobre mim. a coragem caminha de mãos dadas com o inverno. caminho pela rua como quem é presenteada pelas árvores quando piso em pétalas ou quando uma folha cai até meus pés. quantas pétalas de ipê são necessárias para que um dia cinza transborde em sol? quantas pétalas de cerejeira preciso encontrar no caminho para que minha alma transborde coragem? eu nunca descobri o nome da árvore sem folhas e flores brancas que me fez suportar vários dias pesados. tinha uma flor na calçada no meio do caminho, mas podia ser no chão do meu coração.

Giana Guterres

Imagem: internet

DORES D'ALMA!

Sinto dores solitárias

que moram dentro da alma

são feridas mal curadas

que o corpo ja não liga

só a alma sente dores

sofre solitariamente

vê com o passar do tempo

o germinar das suas sementes

alimentada pelo sangrar

Se acostumou com as dores

o sorriso é cansado

pouco importa se ao lado

ouve risos, alegrias

ela ri, das fantasias

pois a alma já a muito

não importa, está vazia

Como doi as dores da vida

Fendas, sulcos cravejados

de esperança que um dia

se curada pode andar nessa estrada

peito aberto...a se mostrar

Tantas dores...Tantos momentos sofridos

enjaulados...Ouço gritos.

só na alma vai ficar

Se você não se importar

vou abrir a porta do peito

Vou deixar a dor voar!

Marilene Alagia

BAGÉ RS

DESAFIO DA INCLUSÃO

É preciso avançar

Diante das dificuldades

Abrir importantes caminhos

Para incluir a acessibilidade.

Todos devem ser iguais

Não importa a situação

Merecem o mesmo espaço

Não importa a condição.

São tantas necessidades

Que vivem os deficientes

Surdos, cadeirantes, cegos e outros sintomas

Que afetam tanta gente.

Não podem ser esquecidos

E serem deixados de lado

São seres humanos especiais

E precisam ser amparados.

É uma luta permanente

Que merece mais atenção

Que nosso olhar tenha foco

Em defesa da inclusão.

Parobé/RS, 24 de agosto de 2021, em defesa de Políticas Públicas de inclusão das Pessoas com alguma deficiência.

GERALDO ANTONIO BOTH

Cafeteria singular saúde

Então a cafeteria fica pitoresca

Provando o café extra

No c café take away.

No imenso espaço que agrada

Então observa a modernidade

Olhando os verdes à vontade.

Como é bom esse espaço de verdade.

Vem a observação do tempo, do carinho e do atendimento.

Ah, como esse espaço é potente no acalentar da mente, no c café e gastronomia da gente.

Vem o olhar mais bonito, sobre a linha do infinito é a fachada que digo.

O olhar segue na linha, dando vontade de consumir tudo o que está escrito no c café take way.

Então vem o poder sedutor do mini Bauer, o sabor do croasseu, da torta de limão...

ah, essa vitrine está com razão degustou tudo sem dizer não, no singular saúde.

Então escuto:

-- está no balcão!

É o take way com satisfação.

Será que a garçonete me traria aqui nas mãos?

Estou louco para agradecer o pedido com satisfação.

Flávio Morais.

Os Poetas Do Tempo 🎩

QUEM É DEUS EM MINHA VIDA ???

Foi Deus que nos escolheu

Para a maratona da vida

Ele nunca nos abandona

Na jornada a ser percorrida.

Quem se afasta de Deus

Somos nós com a nossa liberdade

Buscamos em tantas coisas

A nossa felicidade.

Mas o vazio vai continuar

E será marcado pela decepção

Quando nos afastamos de Deus

Que é nossa única proteção.

Quem é Deus em minha vida?

É a pergunta necessária

Sem Deus nossa vida é um tormento

Na nossa jornada diária.

É Deus que nos orienta

Nos momentos de dificuldade

É ele o nosso guia

Em meio a nossa fragilidade.

É Deus que me orienta

Sendo luz na escuridão

E Deus fala comigo

Nos momentos de oração.

Muito obrigado meu Deus

Por sempre ter me guiado

Me mostrando o caminho certo

Quando eu tinha me desviado.

Peço que Deus sempre me oriente

Nas tomadas de decisão

Para seguir firme na jornada

E cumprir minha missão.

Parobé/RS, 23 de agosto de 2021

GERALDO ANTONIO BOTH

Fotografia: internet

Duas lágrimas, duas vidas e dois sorrisos

Duas lágrimas, duas vidas e dois sorrisos

 

Ontem eu fiz uma faxina dentro de mim...

 Eu preciso mudar, ter amor-próprio...

E me respeitar e crescer

Fabiane Braga Lima

O que nos aguardará o amanhã?

E o que há de vir?

No depois do amanhã?

O que há de porvir?

***

Recorda sacrossanto amor meu

Neste dia surreal

E nesta hora inexata

Neste tempo atemporal

Marcada pela clepsidra irreal

Recordo-te que aqui jazeu

A vasta infinda solitude

Dos estros meus

O meu estribilho que andava sozinho

Aqui morreu

***

A minha eviterna alma

Aqui não adia

Pois hoje é dia

De confessar diante do sacrário

Eu amo você

***

As nossas breves vidas

Aqui não adiam

***

Os nossos cósmicos medos

As nossas ilusórias alegrias

As nossas sintécticas quimeras

As nossas bocas famintas

Aqui não adiam

***

São duas doridas negras lágrimas,

São duas celestes vidas

E dois ebúrneos sorrisos

Em eternas agonias

Em eviternas alegrias

Samuel da Costa

                                                                                         

 

 

A mais bela de todas as poesias tuas

 

Minha escrita sem nexo algum,

Hoje grita bem alto

Há uma certa repetição de palavras

Poemas incoerentes, sem lucidez...

Palavras aglomeradas, infindas rimas.

***

Ausculto o teu sibilino coração 

E te convido para adentrares

No meu nevoento vergel encantado

***

Leio um livro qualquer, talvez tenha inspiração

Mas, a saudade me faz companhia

***

Sempre presentes as tuas

Belas-letras sintécticas 

Sempre ausentes as minhas

Belas-letras mortas

***

Sempre presente, me faz melancólica

Onde tu se escondeu... !? Não te vejo!

***

Ousamos ouvir maviosas

E tranquilas citaras

Ebúrnea poetisa minha 

*** 

Leal e afável. De repente, me deixou

Palavras belas, tua essência incógnita 

Formoso, não sei!  Vasto de encanto...

Tento decifra, não consigo, não te ouço

Preciso recomeçar, viver. Largo tua mão!

Cativou-me, seremos a mais bela poesia...

***

Serena e tranquila

Formosa e benfazeja

Despida de todos os milenares pudores

Quero-te enclausurada no alvor rubro 

A tarde... ao final do dia 

Escrita no estribilho meu 

Fabiane Braga Lima e Samuel da Costa

Do livro Duas lágrimas, duas vidas e dois sorrisos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Serenar   

Foram nos teus olhos

Que eu vi

Uma primavera prestes a florescer.

Flores com a sutileza

De um amor sem fim,

Que abraça e resguarda

A beleza de ser verdadeiro.

Clarisse da Costa

 

 

 

Fechei os olhos para não ver o tempo

A chuva caia lá fora tão fina e fria, se esvai

Tudo parecia melancólico

Tudo parecia vazio

***

Fecho os meus olhos cansados

Para te ver

Para te desvendar por inteiro

Para descobrir todos os teus seculares

Segredos abissais bem resguardados  

***

Notei! Estava sozinha, sem companhia.

Fadigada, adormeci, cansaço excessivo...

Tudo parecia melancólico,

Tudo parecia tão vazio

***

Abro bem os meus olhos fatigados

Mas não quero te ver em prantos

Sozinha na beira do negro pelágio

***

Em prantos, procurei por algum amigo

Que pudesse me aceitar, sem resignar

Repugnante! Mas na vida só há mentiras.

***

Um dia vou te encontrar

Por mais longe que estejas

Por mais abstrata que sejas

***

Madrugada calada! Faz-se bela e amena

Nada se faz melancólico, tudo é sereno!

E, assim são os dias em uma eterna reflexão.

Buscando detalhes, paixões e inspirações....

Entrego-me as emoções, resplandeço de vida

Viver é cuidar da alma e recomeçar sempre!

***

Um dia criarei sintécticas asas

Em um ruflar de par em par

E em um sibilino voo

E vou te encontrar

Por mais longínqua que estejas

Por mais abstrata que sejas

Fabiane Braga Lima e Samuel da Costa

 

Fabiane Braga Lima é poetisa em Rio claro S.P

Contato: bragalimafabiane@gmail.com

Samuel da Costa é poeta em Itajaí SC

Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br

 

Estrada da Flor

Na dureza do caminho,

asfalto rachado,

buracos predominam, por entre carros desesperados a encontrar caminho, nesta estrada sem vida.

Neste frio espaço dos caminhos,

inesperada flor brota, numa das rachaduras.

Que força tem a vida!

A beleza que surge na rude estrada, sem medo, 

bela e perfumada a provocar a feiura.

A beleza de uma flor empodeirada, fruto da natureza, não tem medo e nem respeito,

a quem ou aquilo que tenta lhe abafar a formosura.

Uma criança grita ao pai, desesperado, à desviar dos buracos:

- Pai, uma flor!!!

- Que flor filho? Aqui só tem buracos. 

- Me deixe dirigir, antes que o carro estrague, nesta maldita estrada.

Neste instante o pai viu a flor,

e em ato automático, desliga a máquina, motor, seu próprio automatismo...

De mãos com o filho, dirigem-se à flor e com os olhos,

derramando em lágrimas, toca sua beleza e lembra do motivo do destino.

Sua viagem, por entre buracos e rachaduras, 

não era por amor e sim por ódio.

- Chefe desgraçado dizia, antes de sair. 

- Trabalhar, hoje, e ainda por necessidade levar meu filho. 

-Quem ele pensa que é?

A flor, em meio a buracos e rachaduras na feiura do asfalto, sem vida, nâo mediu esforços para crescer em inóspito lugar, pensou o pai com o filho admirado pela beleza da flor.

O pai olhou para o menino e disse:

-Filho, quem sou eu para negar meu destino? 

- Uma flor, com a força da natureza cresce em meio a dor de um espaço sem vida.

Nas aparentes dificuldades da vida, ou momentos não agradáveis e sem saída,

a natureza sem medo vence.

Mostrar sua beleza e força e não teme a dificuldade do momento,

sem nenhum lamento.

Quem somos nós, para discutir os designos da natureza?

Dificuldades, incertezas, momentos desagradáveis, todos temos.

A lição da flor é a que com clareza nos fala da luta, em meio a rudeza dos momentos, que sem força, beleza ou Amor a Vida será apenas lamentos e asfaltos rachados e cheios de buracos.

Camino de las flores

De manera difícil,

con asfalto agrietado,

donde predominan los baches, entre los coches desesperados por encontrar su camino, en este espacio sin vida.

En este frío espacio de los coches,

una flor brota inesperada en una de las grietas.

¡Qué fuerza tiene la vida!

La belleza que aparece en el camino accidentado, sin miedo,

bella y perfumada para provocar la fealdad.

La belleza de una flor, fruto de la naturaleza, no tiene miedo ni respeto,

a quién o qué intenta sofocar su belleza.

Un niño le grita a su padre, desesperado, mientras evita los agujeros:

- Papá, una flor !!!

- ¿Qué flor hijo? Aquí solo hay agujeros.

- Déjame conducir, antes de que el coche se averíe, por esta maldita carretera.

En este momento el padre vio la flor,

y automáticamente apaga la máquina, el motor, su propio automatismo ...

Manos con el niño, van a la flor y con los ojos,

derramando lágrimas, toca su belleza y recuerda la razón del destino.

Tu viaje, a través de agujeros y grietas,

no fue por amor sino por odio.

- Dijo el jefe vergonzoso, antes de irse.

- Trabajar, hoy, y todavía por necesidad de llevar a mi hijo.

- ¿Quién se cree que es?

La flor, entre agujeros y grietas en la fealdad del asfalto, sin vida, no escatimó esfuerzos para crecer en un lugar inhóspito, pensó el padre con su hijo, admirado por la belleza de la flor.

El padre miró al niño y dijo:

-Hijo, ¿quién soy yo para negar mi destino?

- Una flor, con el poder de la naturaleza, crece en medio del dolor de un espacio sin vida.

En las aparentes dificultades de la vida, o momentos desagradables sin salida,

la naturaleza intrépida gana.

Muestra tu belleza y fuerza y ​​no temas la dificultad del momento,

sin ningún arrepentimiento.

¿Quiénes somos para discutir los diseños de la naturaleza?

Dificultades, incertidumbres, momentos desagradables, todos los tenemos.

La lección de la flor es la que nos habla claramente de la lucha, en medio de la dureza de los momentos, que sin fuerza, belleza o Amor a Vida, solo serán lamentos y asfaltos rajados y llenos de agujeros.

Rafael Machado Kluwe